4.05.2005

sendim, julho 2004



No pouco cimento dos degraus maltratados que desciam para o Douro, por baixo da terra soprada pelo vento. E desde então eu penso: quem é António Xaxo? Ainda está vivo? É o apelido verdadeiro ou alcunha? E, se é alcunha, é de família ou de pessoa? Foi mesmo ele quem escreveu o nome? A namorada, um amigo, os pais? Terá sido ele o homem que espalhou o cimento, rematando com o nome como um pintor que assina o seu quadro? Nunca existiu? Enfim, mais um pormenor por entre todos; quando o fantasmático António tracejou o nome, aquele pedaço de mundo passou a pertencer-lhe mais do que outro; quando eu fotografo o o nome, mostro António Xaxo ao mundo.