4.23.2005

coimbra, campanha para as legislativas, 2002



Tirada com uma maquinazinha digital barata, mesmo pequenina, numa altura em que uma foto tirada com uma maquinazinha digital barata e pequenina tinha ainda de ter má definição...

4.19.2005

coimbra, janeiro 2004



O objectivo era uma notícia sobre autocarros, e a fotografia teve de ser desenrascada por entre um dia cheio. As coisas bateram certo do outro lado da rua e não tanto quando fui lá e pedi por favor.

4.15.2005

agradecimento

A Celia foi novamente a cinéfila boa samaritana que, desta vez, me ajudou a conseguir o "Story". A Cecília é professora e, em tudo o que faz, demonstra-o - não desiste de permitir a partilha de conhecimento quando o pode fazer, o que é raro, e fá-lo com uma generosidade imensa. Muito obrigado, Cecília, e muito obrigado à Joana Cunha Ferreira, que também respondeu ao pedido.

4.13.2005

fotografia e humanismo, junho de 2004

Um texto meu sobre Fotografia, já publicado e que ficava bem aqui.
Parece-me claro que a fotografia encerra em si uma particular dimensão de ligação ao Humano.

Primeiro, porque significou, logo desde a sua invenção, a vitória do olhar imediato do artista sobre a realidade: a partir daí, o pincel e a habilidade do executante não mais se intrometeriam na eficácia da representação do real. A fotografia mostrou-se já aí como uma arte do Homem e, principalmente após o aparecimento da Brownie, uma arte popular, que podia ser feita por todos e para todos, inclusive crianças. Superou e, simultaneamente, libertou a pintura da sua função de documentação, ou seja, a fotografia tornou-se garante de veracidade e, por isso, instrumento privilegiado pelo qual a comunidade humana se dava a conhecer a si mesma de modo rápido e global.

Segundo, porque a fotografia rapidamente assimilou, paralelamente à função de documento, a do retrato e a da representação do corpo humano (que já eram temas privilegiados da pintura e que não foi difícil para os pictorialistas iniciais adoptar). Mais tarde, no intervalo de tempo e espaço que foi dos anos 20 e 30 de França até aos anos 50 americanos dominados pela “street photography”, a pessoa quotidiana passou a ser o vector fundamental da obra dos fotógrafos em voga, nomeadamente, claro, Robert Frank e William Klein.

O Homem em todas as suas dimensões permanece hoje em dia enquanto temática essencial do domínio fotográfico, demonstrando a extrema elasticidade e capacidade de aprofundamento da fotografia, como se vê, por exemplo, no sítio da agência Seven, onde o fotodocumentalismo e o fotojornalismo (na acepção de Pepe Baeza) se vão intercruzando. O mundo muda, as imagens transformam-se e a fotografia, que, hoje, confrontada com a televisão e a Internet, se encontra na posição de redefinição da sua identidade enquanto meio, continua e continuará a ter a humanidade como sua fonte principal.

4.12.2005

monção, março de 2003



O santo assassinou, o demónio está para morrer.

4.09.2005

sendim, julho de 2004



Hedningarna em concerto. Muito difícil, captar toda a variedade de expressões de Magnus Stinnerbom.

4.05.2005

sendim, julho 2004



No pouco cimento dos degraus maltratados que desciam para o Douro, por baixo da terra soprada pelo vento. E desde então eu penso: quem é António Xaxo? Ainda está vivo? É o apelido verdadeiro ou alcunha? E, se é alcunha, é de família ou de pessoa? Foi mesmo ele quem escreveu o nome? A namorada, um amigo, os pais? Terá sido ele o homem que espalhou o cimento, rematando com o nome como um pintor que assina o seu quadro? Nunca existiu? Enfim, mais um pormenor por entre todos; quando o fantasmático António tracejou o nome, aquele pedaço de mundo passou a pertencer-lhe mais do que outro; quando eu fotografo o o nome, mostro António Xaxo ao mundo.